Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é uma condição médica grave que ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido. Isso pode resultar em danos cerebrais, levando a uma variedade de sequelas físicas e cognitivas. Existem dois tipos principais de AVC: isquêmico, causado por um bloqueio em uma artéria que leva sangue ao cérebro, e hemorrágico, causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro. A reabilitação pós-AVC com o acompanhamento de um médico fisiatra é um processo crucial para ajudar os indivíduos a recuperar suas habilidades, funcionalidade, independência e alcançar a melhor qualidade de vida possível.
O Processo de Reabilitação
A reabilitação pós-AVC começa ainda no hospital, logo após o tratamento médico inicial. Esse período inicial é chamado de fase aguda, onde o objetivo principal é estabilizar o paciente. A equipe de reabilitação pode incluir, além do fisiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo. O objetivo é ajudar o paciente a recuperar o máximo de funcionalidade possível, melhorando a força, a coordenação motora, o equilíbrio, a fala, a deglutição e as habilidades cognitivas. Durante essa fase, são realizadas avaliações detalhadas para identificar as áreas mais afetadas e desenvolver um plano de reabilitação personalizado.
Por que consultar com o Dr. Victor Vasconcelos?
A vida de uma pessoa com deficiência é repleta de desafios únicos que demandam cuidados especializados e contínuos. É aqui que o papel do médico fisiatra se torna indispensável.
Com uma formação sólida e abrangente no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, alio minha experiência técnica à empatia necessária para compreender as necessidades individuais de cada paciente.
Meu trabalho como fisiatra é oferecer um cuidado integral, focado não apenas na reabilitação física, mas também na promoção da qualidade de vida e autonomia do paciente.
Acredito que, para alcançar resultados verdadeiramente significativos, é essencial olhar além dos aspectos técnicos. Por isso, meu acompanhamento tem como prioridade não apenas o bem-estar do paciente, mas também de seus cuidadores, reconhecendo a importância do suporte mútuo para uma recuperação mais harmoniosa.
Seja para enfrentar dores crônicas, melhorar a mobilidade, adaptar-se a próteses ou equipamentos de apoio, ou simplesmente encontrar soluções para atividades diárias, meu objetivo é ser um aliado na busca por maior conforto, independência e qualidade de vida. Ao escolher um acompanhamento fisiátrico, você está investindo em um cuidado comprometido com resultados tangíveis, personalizados e humanizados. Juntos, podemos superar barreiras e alcançar uma vida mais plena e participativa.
Dez Sequelas que o AVC Pode Causar
As sequelas podem variar dependendo da gravidade do AVC e da área do cérebro que foi afetada. Os primeiros seis meses são cruciais para o paciente recuperar o máximo possível de funcionalidade e reverter ou amenizar as sequelas. No entanto, a reabilitação pode continuar além desse período, com melhorias contínuas sendo possíveis ao longo de anos.
1. Fraqueza muscular: A fraqueza muscular é uma sequela comum do AVC, que pode resultar em dificuldade para movimentar o corpo, andar, sentar-se, mover os braços ou segurar objetos. Essa fraqueza pode afetar um lado do corpo, conhecida como hemiparesia, ou ambos os lados, dependendo da extensão do AVC.
2. Perda do controle de movimentos: O AVC pode afetar áreas do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos, levando a sintomas como contrações musculares involuntárias, posturas anormais e tremores. Isso pode dificultar a execução de tarefas simples, como comer, vestir-se e escrever.
3. Aumento do tônus muscular: Devido a alterações de transmissão de comandos cerebrais até os músculos da região do corpo mais afetada, muitos pacientes tendem a ficar com excitabilidade nas conexões entre os neurônios e as células musculares, fazendo com que o músculo afetado fique mais rígido. Este fenômeno é conhecido como espasticidade. Pode causar dores, deformidades e dificultar as atividades do dia a dia das pessoas que desenvolvem. A espasticidade pode ser particularmente problemática nas extremidades, afetando a mobilidade dos braços e pernas.
4. Alterações na sensibilidade: Quando áreas do cérebro responsáveis pela sensibilidade são afetadas pelo AVC, podem surgir sintomas como dormência, formigamento, dor e aumento ou diminuição da sensibilidade. Essas alterações podem dificultar a percepção de temperatura, dor e pressão, aumentando o risco de lesões e queimaduras.
5. Assimetria da face: Decorrente da perda de força e flacidez dos músculos da face após o AVC, a pessoa pode ficar com uma assimetria, ou seja, o rosto torto, caso não recupere a força e o controle destes músculos. Essa condição, conhecida como paralisia facial, pode afetar a capacidade de expressar emoções e dificultar a alimentação e a fala.
6. Dificuldade de comunicação: Algumas pessoas ficam com dificuldade de comunicação após o AVC. Pode apresentar alterações na voz, dificuldade para falar corretamente as palavras, formar frases e/ou alterar o tom ou altura da voz. Essa condição é conhecida como afasia e pode ser dividida em afasia expressiva (dificuldade em falar) e afasia receptiva (dificuldade em compreender a linguagem).
7. Alterações na visão: Em alguns casos, o AVC pode causar alterações na visão como visão embaçada ou dupla, diminuição do campo visual e dificuldade para reconhecer objetos e em alguns casos, até mesmo a cegueira, temporária ou permanente. Essas alterações podem impactar significativamente a capacidade de realizar atividades diárias, como ler, dirigir e reconhecer rostos.
8. Incontinência e/ou retenção urinária e/ou fecal: A incontinência pode surgir devido ao desenvolvimento de fraqueza ou aumento do tônus dos esfíncteres e outros músculos que controlam a saída da urina e evacuação. A reabilitação pode incluir técnicas de treinamento da bexiga e do intestino para melhorar o controle dessas funções.
9. Sequelas emocionais: Estas sequelas podem incluir mudanças de humor, depressão, ansiedade, pânico e dificuldades de controle emocional. O impacto emocional do AVC pode ser significativo, afetando não apenas o paciente, mas também seus familiares e cuidadores.
10. Dificuldade de engolir: Esta alteração também está relacionada à perda de força ou coordenação da musculatura da língua, orofaringe e esôfago. A dificuldade pode ser apenas para engolir líquidos ou sólidos ou ambos. Essa condição, conhecida como disfagia, pode aumentar o risco de aspiração e pneumonias, além de impactar a nutrição e a hidratação do paciente.
Quatro Tratamentos para Sequelas de AVC:
- Aplicação de Toxina Botulínica: Ao contrário do que muitos pensam, a utilidade da toxina botulínica não é apenas estética. Na reabilitação, usamos a aplicação desta substância nos músculos que desenvolveram rigidez para prevenirmos deformidades ou evitar a progressão das que já estiverem estabelecidas, facilitar as terapias, melhorar a funcionalidade, melhorar a adaptação de equipamentos e realizar o controle da dor relacionada à espasticidade. O tratamento com toxina botulínica pode ser repetido periodicamente conforme a necessidade do paciente.
- Uso de Dispositivos Auxiliares de Marcha: Para fins de locomoção e até independência de alguns pacientes, faz-se necessário o uso de andadores, bengalas, muletas e cadeiras de rodas. Esses dispositivos são escolhidos com base na avaliação do fisiatra e são ajustados para garantir segurança e eficácia na mobilidade do paciente.
- Realização de Terapias: Atendimento conjunto e multiprofissional com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo(a) e psicólogo(a). Cada profissional da equipe tem um papel específico e contribui para diferentes aspectos da recuperação, trabalhando juntos para oferecer um tratamento holístico e abrangente.
- Uso de Órteses: São equipamentos utilizados nos membros do paciente, com a finalidade de evitar deformidades e suas consequências. Facilita também o processo de adaptação para atividades do dia a dia, mantendo os membros posicionados adequadamente. Órteses de membros superiores e inferiores podem ser personalizadas para atender às necessidades individuais de cada paciente.
A Equipe Multiprofissional e a Importância na Reabilitação
A reabilitação é composta por um trabalho em equipe. O trabalho em conjunto favorece a melhor recuperação ao paciente com suas indicações individualizadas.
- Médico Fisiatra: É o médico especialista em reabilitação física. Ele avalia o paciente por completo e define todas as alterações e sequelas após o AVC. Ele propõe os tratamentos indicados para cada alteração e particularidade do paciente. O fisiatra também monitora o progresso do paciente e faz ajustes no plano de reabilitação conforme necessário.
- Fisioterapeuta: É o profissional que realiza fisioterapia. Esta, é uma parte essencial da reabilitação pós-AVC. Ela ajuda a melhorar a força muscular, a coordenação e o equilíbrio, que são frequentemente afetados após um AVC. Exercícios específicos são usados para ajudar o paciente a recuperar o controle motor e a mobilidade. A fisioterapia também pode incluir terapia aquática, que utiliza a resistência da água para melhorar a força e a mobilidade.
- Terapeuta Ocupacional: É responsável pelo treinamento e melhora das habilidades do dia a dia (vestir-se, cozinhar e tomar banho). Isso pode envolver o uso de dispositivos adaptativos ou a reeducação de habilidades motoras finas. O terapeuta ocupacional também pode ajudar o paciente a adaptar seu ambiente doméstico para facilitar a independência e a segurança.
- Fonoaudiólogo(a): A fonoaudiologia é usada para tratar problemas de fala, musculatura facial, deglutição que podem ocorrer após um AVC. Isso pode envolver exercícios de fala, linguagem e deglutição, bem como técnicas de comunicação alternativa. O fonoaudiólogo também pode ensinar estratégias para melhorar a comunicação e prevenir aspirações durante a alimentação.
- Psicólogo(a): A recuperação de um AVC não é apenas física, mas também emocional. A psicoterapia pode ajudar os pacientes a lidarem com as mudanças em suas vidas e a lidarem com sentimento de frustração, depressão ou ansiedade
Concluindo
A reabilitação das sequelas de um AVC é um processo longo e muitas vezes desafiador. No entanto, com o acompanhamento médico adequado com o fisiatra e um programa de reabilitação personalizado, os pacientes podem fazer progressos significativos em direção à recuperação. É importante lembrar que cada pessoa é única e a recuperação varia de indivíduo para indivíduo. Com paciência, determinação e o apoio de uma equipe de reabilitação dedicada, a recuperação é possível.
É importante lembrar que cada pessoa é única e a recuperação varia de indivíduo para indivíduo. O Tratamento de cada sequelas ou seus conjuntos é individualizado. Com paciência, determinação o acompanhamento fisiátrico junto ao apoio de uma equipe de reabilitação dedicada, a recuperação é possível.
Espero que este artigo tenha fornecido uma visão útil sobre a reabilitação de sequelas de AVC. Se você ou um ente querido está passando por esse processo, lembre-se de que não está sozinho e que há recursos disponíveis para ajudar.
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Fontes:
Associação Brasil AVC | AVC é emergência médica! (abavc.org.br)
Olá qual valor da consulta?
Vc atende IPE? Outro convênio?
Olá Marília!
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Muito obrigado por visitar o site.
Gostei muito desas informações dr Victor.
Vejo que o importante é priorizar uma condição física saudável para evitar grandes problemas na chegada dos anos.
É isto mesmo, Luciana!
Manter-se ativa evita muitas complicações futuras.
TIVE TRES AVC E NAO TONTEAVA DAI FIS UMA RESONANCIA E TO COM TONTURA
Olá Sergio!
Não é comum estes sintomas permanecerem após exames de imagem. Mas algumas pessoas podem ter sensibilidade ao contraste ou mesmo ao próprio barulho que a máquina faz.
O ideal é que você passe por uma avaliação, para que seja definido se esta tontura é algo relacionado aos AVCs que teve ou alguma outra alteração.
Fico a Disposição.